Como escolher o melhor protocolo IP?

Descubra com a Ross Video como alinhar o melhor protocolo IP à sua produção e instalação.
Notícias Como escolher o melhor protocolo IP?

A produção audiovisual em ambiente IP deixou de ser uma promessa futura e tornou-se uma realidade consolidada, mas também mais complexa do que nunca. Para ajudar broadcasters, integradores e equipas de produção a navegar neste novo ecossistema, a Ross Video lançou o guia estratégico “How to Select the Right IP Transport”.

Em 2025, já não basta perguntar qual é o melhor protocolo IP. A grande questão é: qual é o IP que faz sentido para a realidade de cada produção, orçamento, infraestrutura existente e modelo de negócio?

Ao acompanharmos as últimas tendências internacionais, partilhamos convosco as conclusões deste guia da Ross Video, que reforça algo que temos visto no terreno: a diversidade de soluções IP é uma vantagem, mas pode ser um desafio se não houver uma estratégia clara.

Um panorama IP cada vez mais diversificado

A variedade de tecnologias disponíveis cresceu de forma significativa:

  • ST 2110, a referência para produções premium e ambientes totalmente sem compressão;
  • NDI e NDI|HX, amplamente usados em setups híbridos, estúdios de média dimensão e produções ágeis;
  • IPMX e Dante AV, novas opções que começam a ganhar espaço no audiovisual profissional;
  • SRT e RIST, pilares das contribuições pela internet com segurança e eficiência;
  • TR-07 e TR-08, soluções otimizadas para JPEG XS em redes de alto desempenho.

Temos reparado diariamente como esta diversidade pode acelerar a modernização das operações, mas também como uma má escolha pode gerar custos acrescidos, limitações de escala ou incompatibilidades futuras.

Uma abordagem por níveis que ajuda a clarificar decisões

O guia da Ross Video estrutura a tomada de decisão em quatro tiers de produção: o protocolo certo depende do nível de exigência de cada produção.

Tier 1+: grandes eventos globais, como o Super Bowl ou os Jogos Olímpicos, os quais exigem vídeo sem compressão, latência mínima e fiabilidade absoluta. ST 2110 é a referência, normalmente combinado com TR-07/TR-08, JPEG XS.

Tier 1: transmissões nacionais e desporto profissional continuam a requerer padrões elevados, mas com maior foco na eficiência. Aqui dominam HEVC, JPEG XS e circuitos dedicados.

Tier 2: produções regionais ou canais de entretenimento locais, onde os orçamentos são mais reduzidos e workflows híbridos são o comum. NDI, SRT, RIST e codecs como H.264/HEVC, oferecem boa relação qualidade, custo e largura de banda. Ainda assim, os ambientes híbridos SDI/IP continuam a ter um papel importante.

Tier 3: produções de baixo orçamento, onde a simplicidade e a internet pública são essenciais. Desta forma, recorre-se a WebRTC, NDI Bridge e codecs mais acessíveis.

Este enquadramento ajuda a alinhar expectativas e investimento.

Tiers para Instalações Fixas

A mesma lógica pode ser usada para avaliar instalações fixas, já que cada tipo de operação tem necessidades e escalas muito diferentes.

O guia reforça uma tendência que vemos em Portugal: não existe um único caminho para modernizar as instalações.

  • Instalações fixas de grandes centros de Broadcast que trabalham com milhares de fluxos multicast em ST 2110, suportados por PTP e arquiteturas de rede rigorosas.
  • Instalações intermédias, como universidades, municípios ou broadcasters regionais, seguem modelos híbridos baseados em NDI ou SDI/IP.
  • Pequenos estúdios e organizações iniciam a transição com soluções simples, integrando IP apenas onde faz sentido.

Latência, compressão e largura de banda: o triângulo crítico

Segundo a Ross Video, a decisão sobre o transporte IP depende do equilíbrio entre:

Qualidade desejada

Produções que exijam qualidade máxima, com vídeo sem compressão e praticamente sem perdas, irão precisar inevitavelmente de ligações de alta largura de banda e latência mínima.

Largura de banda disponível

Produções que recorrem a internet pública ou redes móveis têm de optar por uma compressão mais elevada e aceitar alguma latência, recorrendo a protocolos como SRT ou RIST, que são mais toleráveis a condições de rede variáveis.

Latência tolerável

Workflows intermédios que procuram excelente qualidade sem exigir uma banda tão elevada. Normalmente, beneficiam de JPEG XS, uma solução que tem oferecido qualidade quase sem compressão com requisitos de banda muito inferiores, compatível com ST 2110 e transportes como TR-07.

Transporte vs. contribuição: um erro comum

Outro ponto importante é a distinção entre:

  • Transportes IP para redes internas (ST 2110, NDI, Dante AV);
  • Protocolos de contribuição para ligações remotas (SRT, RIST, WebRTC).

Confundir estes níveis pode criar redundâncias - algo que evitamos desde a fase de desenho de arquitetura.

Controlo: o elemento muitas vezes esquecido

A gestão do sistema é tão importante quanto o protocolo escolhido. O guia reforça também que soluções como ST 2110 ou IPMX exigem gestão rigorosa de timing, multicast e PTP, enquanto até tecnologias consideradas “plug-and-play”, como NDI ou SRT, requerem ferramentas de controlo adicionais quando escaladas acima de 20 dispositivos.

O futuro será híbrido, e isso é positivo

A Ross Video sublinha algo que também observamos nas nossas integrações: não existe uma única solução IP que sirva todos os cenários. O futuro será modular, adaptável e híbrido - com produções em SDI, setups IP, contribuições remotas e workflows cloud a coexistir.

Tenha acesso ao guia da Ross Video completo: AQUI

A melhor escolha é sempre aquela que faz sentido hoje, mas que dá liberdade para crescer amanhã.

Para mais informações, contacte-nos por e-mail em geral@pantalha.pt ou pelo telefone 21 754 36 40.

 

Dezembro, 2025