Canal Q - do SD até ao HD

"Decidimos que esta infraestrutura de transmissão nos oferecia o melhor equilíbrio entre qualidade e preço." - André Caldeira Director Técnico
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Canal Q, do SD até ao HD

André Caldeira, do Canal Q, reflete sobre os altos e baixos da criação de um canal de entretenimento disponível nas redes de cabo e satélite da MEO e da ZON, e da sua mudança para HD.

O canal Q é o primeiro projeto do género em Portugal e surgiu da colaboração entre Meo e as Produções Fictícias, uma associação de escritores de comédia. ”O canal actua como uma espécie de foco criativo, nutrindo e estimulando novos talentos. Produzimos uma vasta gama de programas originais. Praticamente todo nosso conteúdo é produzido aqui mesmo pela nossa própria rede de guionistas e actores.”

No inicio do canal, André Caldeira explorou a possibilidade de instalar um workflow HD-SDI completo, mas tiveram que escolher outro caminho devido a restrições financeiras. “HD não era uma opção com o orçamento que tínhamos nesse momento. No entanto, eu não queria investir num workflow SD sabendo que a solução precisaria de ser renovada num futuro próximo, e por isso pensamos numa solução híbrida.”

“Investimos a longo prazo em hardware, incluindo as nossas estações de edição com Final Cut, equipamentos de iluminação e duas câmaras HD, e alugamos todo o resto.”

Após ter trabalhado com essa configuração por quase três anos, o Canal Q alcançou os limites da sua capacidade de produção, e André Caldeira sentiu que era a hora de investir no HD.

“Nós estávamos familiarizados com a robustez dos produtos Blackmagic, já que tínhamos usado o ATEM 1 M/E Production Switcher e o HyperDeck Studio como parte de um kit de produção de eventos, e decidimos que essa infraestrutura de transmissão oferecia-nos o melhor equilíbrio entre qualidade e preço”, disse Caldeira.

“Depois de discutirmos o assunto com a Pantalha, nosso integrador de sistemas e parceiro, decidimos optar pelo Blackmagic Universal Videohub 72 para matriz do estúdio. Adicionámos duas fontes de alimentação redundantes e cinco placas de interface SDI. Foi configurado como um roteador 40×40, mas ainda há espaço para crescer.”

“Para o controle, instalamos o Videohub Master Control no rack. Este permite gerir facilmente todos os os sinais. Este conjunto deu-nos uma flexibilidade que não tínhamos com a configuração original.”

“O nosso workflow é construído em torno de três câmaras HD-SDI com o sinal a ser distribuído através do Videohub Blackmagic, e contamos com uma ATEM 2 M/E Production Switcher como mesa de mistura, oferecendo até 16 entradas de vídeo e um compositor SuperSource. Os sinais parciais e finais são gravados em três HyperDeckStudio Pro SSD.”

O Canal Q também trabalha com uma série de fontes não padrão, incluindo GoPros, consolas de jogos e tablet PCs, que não têm saída em 1080i50. André Caldeira também precisava de um conversor de hardware, e a Pantalha sugeriu adicionar o processador Teranex 2D da Blackmagic. “Eu adoro este dispositivo porque posso conectar praticamente qualquer coisa ao ATEM switcher.” citou.

Os servidores de execução da emissora também foram actualizados. André Caldeira instalou um Compact Videohub e um VideoHub Smart Control como um painel de controle com cut-bus. “Para monitorizar o que cada canal está a transmitir, usamos um par de SmartView Duos da Blackmagic.”

Houve muitas lições difíceis nos primeiros dias e ainda mais noites de insónia. “Nós tínhamos criado uma máquina com um apetite insaciável por conteúdo”, disse Caldeira.

“Apesar dos altos e baixos, tem sido uma viagem divertida e temos sido capazes de encontrar uma estrutura e uma forma de trabalhar que se adapta à máquina e às pessoas.”

“Nós conseguimos muito num curto espaço de tempo. O canal e a equipa cresceu e agora produzimos até três novos programas a cada dia, o que é impressionante. A nossa nova capacidade de produção e transmissão significa que o Canal Q pode continuar a estimular novos talentos e transmitir programação original”, conclui Caldeira.

 

2016